Femgore: o novo horror gráfico que conquistou o mercado editorial em 2025
- Lúmen Editorial
- 8 de set.
- 2 min de leitura
Nos últimos anos, acompanhamos a ascensão de gêneros literários capazes de transformar completamente o mercado editorial. Depois do boom do cozy crime (os romances policiais leves e acolhedores), 2025 trouxe uma virada inesperada: o femgore.
Esse subgênero de horror, escrito majoritariamente por mulheres e voltado para um público igualmente feminino, chegou para desafiar convenções e abrir debates intensos — e o BookTok teve papel fundamental nessa revolução.
O que é o femgore?
O termo femgore mistura “female” (feminino) e “gore” (sangue, violência gráfica). Trata-se de histórias sombrias, perturbadoras e carregadas de simbolismo, que abordam temas como:
trauma e corpo feminino;
raiva e autonomia das mulheres;
violência social, psicológica e física;
crítica a padrões patriarcais.
Mais do que apenas “assustar”, essas narrativas trazem reflexões profundas sobre gênero, poder e identidade.
O BookTok e o boom do gênero
Plataformas digitais têm sido decisivas para viralizar gêneros literários. Em 2025, o BookTok transformou títulos como Bunny (Mona Awad) e Boy Parts (Eliza Clark) em verdadeiros fenômenos. Vídeos curtos, debates calorosos e fanarts intensificaram a curiosidade dos leitores e dispararam as vendas de obras de horror gráfico.
O resultado? Um aumento de mais de 14% nas vendas de livros de horror em 2025, consolidando o femgore como a grande aposta editorial do ano.
Impactos no mercado editorial
Editoras que antes apostavam quase exclusivamente em romances leves ou thrillers comerciais agora voltam seus olhos para o femgore. O movimento é claro: histórias visceralmente femininas, carregadas de dor, fúria e catarse, têm público fiel e crescente.
Além disso, o femgore também inspira outras áreas: adaptações para cinema e TV, clubes de leitura feministas e até debates acadêmicos.
Femgore e sociedade
Mais do que tendência literária, o femgore é um espelho da nossa era. Ele surge em um momento marcado por debates sobre autonomia reprodutiva, violência de gênero e empoderamento feminino. Ao transformar medo em narrativa, essas autoras abrem espaço para discussões urgentes e universais.
Se o cozy crime oferecia aconchego, o femgore oferece catarse. É literatura para quem busca enfrentar o desconforto, refletir sobre o mundo e, ainda assim, encontrar beleza no sombrio.
E você? Já conhecia esse termo? Fique por dentro destes e mais conteúdos voltados para o mercado editorial através do nosso blog!
Comentários